Ao comparar os papéis em TI com a construção civil, podemos identificar três funções principais: arquiteto, engenheiro e construtor. Cada um desempenha um papel vital no sucesso de um projeto, mas na tecnologia da informação, muitas vezes essas funções se sobrepõem, gerando sobrecarga e ineficiência. Vamos explorar como essa divisão de papéis deve ser bem definida para maximizar a eficiência e como o Trajecta Framework busca organizar esses papéis de maneira mais clara e eficaz.

Arquitetura na Construção Civil vs TI

Na construção civil, o arquiteto projeta a estrutura de forma estratégica, pensando na estética, funcionalidade e conformidade com regulamentações. No entanto, não é ele quem coloca os tijolos. Da mesma forma, em TI, o arquiteto de soluções projeta a estrutura dos sistemas e faz o planejamento de longo prazo. Ele deve garantir que a arquitetura atenda aos objetivos de negócios e tecnológicos, mas, muitas vezes, também acaba codificando ou lidando com problemas operacionais, o que não deveria fazer parte de sua função principal.

Engenheiro: O Executor de Planos

Na construção civil, o engenheiro garante que o projeto do arquiteto seja realizado corretamente, gerenciando os detalhes técnicos e certificando-se de que as especificações sejam seguidas. Na TI, o engenheiro de software ou de dados deve traduzir a visão do arquiteto em componentes técnicos que funcionem de maneira eficiente. Entretanto, o engenheiro em TI muitas vezes acaba desempenhando funções de desenvolvimento, o que pode diluir seu foco e reduzir a eficiência.

Construtor: Implementando as Soluções

Na construção civil, o construtor é quem literalmente põe a mão na massa. Na TI, este papel deveria ser desempenhado pelos desenvolvedores e operadores. Eles são responsáveis por implementar os sistemas, codificar as soluções e garantir que o produto final seja entregue de acordo com as especificações do arquiteto e do engenheiro. No entanto, com frequência, engenheiros e arquitetos acabam também desempenhando esse papel, levando à sobrecarga e falhas na implementação.

O Problema da Sobrecarga de Papéis na TI

Em muitos projetos de TI, as linhas entre arquiteto, engenheiro e construtor não são bem definidas, o que resulta em:

• Sobrecarregar engenheiros e arquitetos com tarefas operacionais e de desenvolvimento.
• Falta de foco na visão estratégica da arquitetura, que deveria ser responsabilidade do arquiteto.
• Redução da eficiência e aumento de erros ao executar funções fora da sua expertise.

Essa sobreposição de papéis cria ineficiências e resulta em retrabalho e falhas na entrega de projetos.

Como o Trajecta Framework Resolve Isso

O Trajecta Framework foi projetado para resolver essas ineficiências através de uma clara separação de papéis, com um foco modular e escalável. Ele utiliza uma abordagem de blocos P&S (Problemas e Soluções) para garantir que cada ator (arquiteto, engenheiro, desenvolvedor) tenha um papel claramente definido dentro do ciclo de vida do projeto.

Como o Trajecta Framework Separa os Papéis:

1. Arquiteto (Bloco P&S): Identifica os problemas e desenha soluções de alto nível. Sua função é exclusivamente estratégica, focada no planejamento e na visão do sistema.
2. Engenheiro (Bloco S): Trabalha na implementação das soluções definidas pelo arquiteto, garantindo que os detalhes técnicos sejam executados de acordo com as especificações.
3. Desenvolvedor/Construtor (Bloco S): Focado na execução, coloca em prática as soluções planejadas, sem a necessidade de lidar com questões estratégicas ou decisões de arquitetura.

Conclusão

Assim como na construção civil, a separação de papéis na TI é essencial para garantir a eficiência e o sucesso de um projeto. O Trajecta Framework permite que arquitetos, engenheiros e desenvolvedores trabalhem de maneira colaborativa, mas com funções bem definidas. Essa abordagem modular e escalável reduz a sobrecarga de responsabilidades e melhora a qualidade e o tempo de entrega das soluções.

Ao adotar uma divisão clara de papéis, sua empresa pode garantir que cada especialista contribua com o melhor de suas habilidades, sem comprometer a eficiência ou a visão estratégica.